Nativo das bacias amazônica e do
Tocantins-Araguaia. Comumente chamado de Apapá, Sardinhão,
Dourada/Herring, Pellona castelnaeana é um peixe de escamas,
corpo comprimido com cabeça e boca (ligeiramente voltada para cima)
relativamente pequenas. Região pré-ventral serrilhada, nadadeira adiposa e
linha lateral, geralmente, ausentes. Da família da sardinha (Pristigasteridae), a
maioria das espécies desta família é de origem marinha e estuarina. As espécies
de água doce são peixes pelágicos (vivem na coluna d’água, ou seja, superfície
e meia água), ocorrendo em rios, lagos e matas inundadas; alimentam-se de
insetos e pequenos peixes na superfície da água, com mais freqüência durante as
horas crepusculares.
No Brasil existem duas
espécies que apresentam essas características e também a mesma denominação
popular (Apapá), é o caso do Pellona castelnaeana (Apapá-amarelo)
já sitado anteriormente e o P. flavipinnis (Apapá-branco). As
duas espécies se diferenciam facilmente pela coloração amarelada do
apapá-amarelo e prateada do apapá-branco, ambos com o dorso escuro. Enquanto o
apapá-branco é um pouco menor, chegando a 50 cm, o apapá-amarelo atinge mais de
60 cm de comprimento e 7,5 kg. Onde o recorde na IGFA é de do rio Caura,
na Venezuela, com 7,1 kg. e 70 cm de comprimento. As duas espécies
podem ser encontradas juntas, sendo que o apapá-amarelo é mais comum e devido
seu maior tamanho, mais procurado esportivamente.
Equipamentos: equipamento
médio, com varas de ação rápida, para linhas de 10 a 20 libras. Com as
artificiais como: plugs de superfície e meia água, pequenas colheres e
spinners.
Quando e onde pescar: Podem
ser capturados durante todo o ano, sendo melhores as épocas de seca, quando os
rios estão dentro da sua caixa, facilitando a localização do peixe que, nas
épocas de cheia, está dentro dos igarapés, onde não se pode arremessar a isca.
Em locais de águas rápidas e cristalinas, nas desembocaduras de igarapés,
entradas de baías e confluências de pequenos rios.
O apapá por apresentar à boca
voltada para cima, provando que ele se alimenta de pequenos insetos e peixes
que vivem na superfície da água e que devido a isso, se devem trabalhar as
iscas artificiais bem rentes à linha d’água. O pescador precisa ter muita
atenção, porque, quando fisgados, esses peixes costumam saltar fora d’água,
escapando com facilidade. Ao sentir o Apapá atacar a isca, de duas ou três
fisgadas fortes para facilitar a fixação do anzol na boca dura do peixe. Devido
a seus espetaculares saltos depois de fisgados, proporcionam emoções ímpares a
pescadores amadores e esportivos.
Apesar de atacar muito bem iscas
artificiais de superfície e sub-superfície, o apapá pode “rejeitar” e
parar de atacá-las. Se isso acontecer, faça um intervalo de alguns minutos para
“descansar” o local. Para aumentar a eficácia das fisgadas, use sempre linha de
multifilamento e anzóis tão finos e afiados quanto possíveis. Frágil fora da
água, o apapá deve ser devolvido rapidamente ao rio.